Exposição de Monet se torna a mais visitada do Masp

Exposição de Monet estabelece novo recorde de visitantes no MASP

A exposição intitulada “A Ecologia de Monet” alcançou um marco impressionante no Museu de Arte Assis Chateaubriand (MASP), localizado em São Paulo, ao registrar 410 mil visitantes antes mesmo de seu encerramento, que está previsto para o dia 6 de setembro de 2025. Este número já supera a audiência da exposição de Tarsila do Amaral, realizada em 2019, que contou com 402.850 visitantes.

A mostra, que teve início em maio, oferece uma análise contemporânea sobre a conexão entre Claude Monet (1840–1926) e a natureza, abordando não apenas as transformações ambientais, mas também as consequências da modernização na paisagem. A curadoria está a cargo de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Fernando Oliva, com assistência de Isabela Ferreira Loures.

Temática da Exposição

A exposição apresenta uma reflexão sobre como Monet observou e documentou as mudanças ecológicas e sociais de seu tempo, desde o crescimento da industrialização até eventos naturais, como enchentes e degelos. Fernando Oliva, em entrevista, ressaltou que, embora a perspectiva de Monet sobre ecologia seja distinta da atual, seu trabalho continua a ressoar com questões contemporâneas.

Núcleos Temáticos

A mostra é organizada em cinco núcleos temáticos que proporcionam uma imersão nas diversas facetas da obra de Monet:

  • Os barcos de Monet
  • O Sena como Ecossistema
  • Neblina e Fumaça
  • O Pintor como Caçador
  • Giverny: Natureza Controlada

No núcleo “Neblina e Fumaça”, a exposição explora a visão de Monet sobre as transformações urbanas do século XIX, incluindo o advento da energia a vapor e a crescente poluição causada por fábricas. Algumas de suas obras retratam a densidade do ar, saturado pela fumaça industrial.

Por sua vez, o núcleo “Giverny: Natureza Controlada” revela a relação íntima do artista com os jardins que ele próprio cultivou em sua residência em Giverny, onde viveu por mais de quatro décadas. Obras como A ponte japonesa (1918–1926) e A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny (1920–1924) ilustram essa conexão pessoal com a natureza.

A Importância da Água na Obra de Monet

O núcleo “O Sena como Ecossistema” destaca a presença constante da água na obra de Monet. Nascido em Le Havre, o artista desenvolveu um vínculo profundo com o rio Sena, que serviu como uma fonte de inspiração ao longo de sua vida. As pinturas expostas, especialmente “Os barcos de Monet”, capturam não apenas a fluidez do rio, mas também a intensidade da relação do artista com esse ambiente aquático.

Além disso, o núcleo “O Pintor como Caçador” revela o espírito explorador de Monet. O artista se aventurava por trilhas remotas em busca das melhores paisagens, registrando a luz e a atmosfera em suas pinturas. Essa busca incessante por novas perspectivas demonstra a dedicação de Monet à sua arte.

Programação e Acessibilidade

Devido ao sucesso avassalador, a exposição foi prorrogada até 6 de setembro, com horários especiais de funcionamento. Durante a última semana, o MASP oferecerá entradas gratuitas em determinados dias e horários:

  • Terça-feira (2), das 10h às 24h, com entrada gratuita durante todo o dia;
  • Quinta (4), sexta (5) e sábado (6), das 10h às 24h, com ingresso gratuito das 18h às 23h.

Além disso, o MASP garante acessibilidade em todas as exposições temporárias, oferecendo entrada gratuita para pessoas com deficiência e seus acompanhantes, com visitas guiadas em Libras, textos em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem acessível.

Catálogo e Programação Anual

Para complementar a experiência, será lançado um catálogo bilíngue, em inglês e português, que reunirá imagens e ensaios discutindo a relação de Monet com a ecologia. A exposição faz parte da programação anual do MASP, que também inclui outras mostras dedicadas a temas ecológicos.

Claude Monet permanece como um dos principais expoentes do impressionismo, tendo revolucionado a arte com sua abordagem única sobre luz e cor. Seu legado continua a inspirar novas gerações e a promover reflexões sobre a relação entre a humanidade e o meio ambiente.

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